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Talvez não tenhamos tempo durante a tempestade, para considerar a verdadeira origem da ventania.
Impetuosa, e virulenta, não deixando que ninguém a ela seja indiferente, é nascida da calmaria, e da bonança, da doce e não menos fêmea brisa.
Os dois lados desta moça estão sempre presentes, a doce brisa, e a impetuosa ventania, disputam entre si o homem vento, e por fim o tem por escravo de suas irresistiveis vontades.
Como pode o vento resistir ao suave toque da brisa, ou ao ímpeto de ira da ventania,
escravizado está o vento à doçura da brisa, e ao furor apaixonado da ventania.
Avó de todos é a brisa, serena e sábia, constante e afável, como tardes de verão no quintal debaixo da sombra das árvores do pomar.
Da brisa nascem todos os ventos homens, e todas as ventanias mulheres, e completam suas vidas ao se tornarem brisa novamente.
Útero materno é a brisa, de todos os ventos e ventanias é mãe, e avó, já juntou-se ao seu vento e já impetuosa ventou como ventania.
Hoje a brisa, outrora ventania fica em sua casa, acolhe a todos com um doce afago, e faz doce de abóbora para deleite de seus netos, a ventania um dia será brisa, um dia será doce, será avó.

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