domingo, 30 de novembro de 2008

Erro Fundamental (O Anjo Do Mal)




O anjo do mal é bom sem querer
Nos da a medida do bem, por se opor a ele

Um divino paradoxo, o mal tem que existir
Sem o mal não nos damos conta do bem

O anjo indecente não precisa ser do mal, pode ser do bem
Indecente mesmo é a miséria, a fome, e a falta de amor

Indecente é o safado que rouba o dinheiro que serviria para alimentar o faminto
Este tipo de mal, ainda que abjeto tem que existir, ainda que não gostemos dele

Indecente é aquele que se faz de santo, e mata milhões de fome
Indecente é o político filha da puta, que não faz falta se morrer

Pecado é não amar, é ser filha da puta, como os citados acima
Amar e transgredir normas sociais é necessário, é fundamental

Os filhos desse amor, transgressor e delicioso, são filhos da luz
A luz não deixa de denunciar o mal, e é incapaz de reproduzi-lo
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Tentativa





Fazer versos não é fácil, às vezes não ficam bons
é um jeito de se falar sobre o que se tem na alma
é obra para os geniais Caetanos e Carlos, donos de muitos dons.

Flui como música um texto sem igual, vida de quem lê, com pressa
vida de quem , corre e não se abala, vive apressado, mas com muita calma.

Quem me dera ter metade da perícia da minha Nôamade amiga guerreira.
Talvez falasse mais, e obedecesse a métrica, talvez não
para medir a emoção por sílabas, o sentimento por palmos.

Hoje choveu, hoje ventou, eu me sento aqui e escrevo, tentando, tentado, tento.
Brincar com palavras eu brinco, mas às vezes transgrido também, eu peco, e confesso.
Brinco de tentar, a meu respeito ainda irão dizer; Tentou.
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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Desejo



Saborear, sorver, chupar, morder uma manga bem gostosa.
Uma fruta doce e polpuda, muito gostosa, até generosa.

Sabor e cheiro, cor e textura.
Doce, e viscosa, gelada, e deliciosa fruta.

Eu quero aquela manga roubada, da casa do meu vizinho.
Fruta roubada é mais gostosa, sabor de aventura doce, melhor do que qualquer vinho.

Afrodisíaca fruta amarela, rosa, cheirosa, saborosa, e generosa manga.
Aquela do alto da árvore, no quintal da casa do mais chato vizinho.

Aventura de criança, que faz brilhar os olhos, de quem já viveu bastante.
Aguça os sentidos, sente o sabor, o toque a cor, o visgo, e até o fiapo no dente.

Eu quero o gosto daquela fruta na minha boca, o melado nas mãos e no rosto, o prazer inigualável, de roubar todo o sabor e todo aroma de uma fruta viva e madura.

Femea fruta roubada e perfumosa, dama da tarde, eu quero ter você comigo.
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