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domingo, 14 de junho de 2009

Tecendo


Quero com este post retomar uma atividade que já havia parado há muito tempo.Vou retomar minhas trovas.
A proposta é a seguinte:

Uma quadra de versos onde a rima se faz de forma alternada

Dormi, lindo sonho sonhei

Senti, preguiça de acordar

Sorri, com o amor acordei

Corri, hora de trabalhar

Segue-se a trova com o 4º verso iniciando a nova quadra

Corri, hora de trabalhar

Trabalho, por meu justo quinhão

Salário, não me permite sonhar

Suado, para comprar o meu pão.

Desta forma proponho a cada visitante que inicie nova trova a partir do 4º verso da que foi postada anteriormente, vamos tecer com versos nossa própria poesia.

Para facilitar é aconselhavel que cada um copie e cole em sua contribuição aquelas que já foram postadas.

Espero também que possam visitar o Tear de Sentidos, é um blog muito interessante de duas amigas fenomenais, Jana e Tê.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hoje me disseram que saudade não passa


Hoje me disseram que saudade não passa
A saudade realmente não passa se você não matá-la

Ela só aumenta enquanto está viva dentro de nós

Por isso mesmo tenho planos malévolos, ardis tenebrosos para matá-la

Vou procurar estar sempre com quem amo, vou buscar sempre a quem quero bem

Vou vestir as roupas que gosto , vou ouvi muita música que me faça feliz

Só quero ter saudade da vida quando já não mais puder vivê-la

Hoje me disseram que saudade não passa , mas vou esperar por aquilo que me dirão amanhã

Terei eu saudade do dia de hoje quando ele passar a ser ontem?

Sei que hoje não sinto saudade alguma, ela será bem morta amanhã.

Não quero sentir saudade de nada, não quero perder-te jamais.
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domingo, 19 de abril de 2009

Saudade


Saudade
A saudade já nasceu para ser vítima de assassinato, pois quanto mais dura pior é.

Matar a saudade é o único "crime"autorizado por lei.

Podemos matá-la a pauladas, ou matá-la de fome, desde que morra e não nasça outra em seu lugar.

A saudade brota feito erva daninha , como mato no canteiro do jardim.

O jardim bem cultivado sempre tem os amigos presentes e bem cuidados.

Vou comprar um bom produto para me ajudar a matar toda saudade que brotou nesse canteiro, desde que me ausentei pela última vez.

Vou buscar inspiração para escrever, e matar a saudade também ao ler.

Saudade de todos e de todas, saudade dos olhos castanhos, dos verdes, dos pretos e dos azuis.

Saudade eu ainda te mato hoje de mim você não escapa, isso é um compromisso , não é ameaça.

Vou chamar uma turma e vamos juntos linchar violenta mente a saudade, malhar feito Judas em sábado de aleluia.

Sobre os restos mortais da saudade exultarão alegres e vitoriosos os amigos.

Com prazer sem limite esfolaram a desgraçada, mataram a infeliz, morra eternamente.

Na alegria do re-encontro está o epitáfio da desvalida saudade, assassinada com sádico prazer.

Vai embora para nunca mais !
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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Olhar Reflexo


Olhar Reflexo

Uma coisa tão importante, também pode ser extremamente difícil de se notar.
Nota-se a cor do olho, mas deixa-se passar desapercebido o brilho do olhar.
O verde luminoso da íris pode revelar da morte o negro desvão.
A íris negra da moça brejeira, pode iluminar a mata em meio à escuridão.

Janelas das almas são os olhos, revelam tudo o que se passa dentro de todos nós.
Brilham de alegria os olhos castanhos, enquanto os olhos azuis às lágrimas dão foz.
Gotas translúcidas de vida e de emoção brilham, feito água sob o sol do meio dia.
Na face de um deixam claro o ódio e a morte, na de outro o amor, e a alegria.

Olhos cinzentos, ou ainda cor de mel, furta-cor, ou vermelhos, tudo refletem.
Reflexos de nosso interior, traidores de nossas segundas intenções, incômodos espelhos.
Quem não tem tais intenções, não vive ou mente, não precisa de olhos de qualquer cor.
Quem nunca mentiu por algum motivo, jamais se incomodou com isso, mas também não viveu um grande amor.

Amar talvez nos leve a mentir ocasionalmente, mas revelamos a verdade no espelho do olhar.
Água que reflete a luz do sol e da lua, água que é vertida em lágrimas, água que limpa e refresca.
A verdade mais pura é a que nos mostra a todos como grandes mentirosos, mas que mostra também que o fazemos por amar.
Mentimos para não ver o ser amado sofrer, mentimos para simplesmente sonhar, e fazer do sonho uma verdade.
Poetas são mentirosos, sonham demais com qualquer coisa que se lhes apresente, assim são todos os amantes.
Mentimos para criar aquilo que não existe, e fazer brotar na alma das pessoas, um sentimento verdadeiro.
Esta verdade passa pelas janelas coloridas dos olhos, e mostra nossas verdadeiras intenções.
No final, a nossa mais intima verdade, nasce de uma doce mentira de amor, que vaza pelos olhos.
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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Olhos Que Dormem


Olhos Que Dormem

A noite é o momento mais triste.

Sem luz, sem cor, nela teus olhos dormem, o verde se vai.

Se dormes de tarde, ela noite se faz, triste e tenebrosa, aguardando o sol.

Por trás das tuas pálpebras, escondes a tua jóia luminosa, teus olhos verdes.

No meio da noite brilha nossa casa iluminada por teus olhos se teu sono foge, o dia brilha em meio à escuridão.

Por mais forte que seja o sol em pleno meio dia, não se compara com teu brilho, com o brilho do teu olhar.

Se fechares os olhos durante o dia, este se faz noite mais cedo, dormem todos os outros olhos, dormem, pois não sabem como teus verdes olhos brilhar.

Pálpebras que escondem teus olhos não são nada além de pele, escondem o teu brilho do mundo enquanto dormes.

Peles que cobrem outros olhos escondem muitos mistérios, mas ao esconderem teus olhos dos meus fazem sumir o mundo.

Acorda e deixa o teu olhar cair sobre mim, me tira desta morte ao acordar, me dá nova vida no verde do teu luminoso olhar.
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Verde Sem Par


Verde sem par

Não há como explicar como é único este verde, que se encontra comigo ao me olhar.
Um verde que às vezes traz paz, outras vezes incomoda, outras faz sonhar.
Um verde que ao se ver se manifesta além da luz existente no mundo.
Tem luz própria não necessita sequer do sol para iluminar, é pleno em si.

Tenho muita sorte, muito mais que qualquer outro, e não tenho medo de parecer tolo ao afirmar.
Não quero ter o teu verde em meus olhos, quero poder ver a sua plenitude manifesta no teu semblante.
O verde das pedras, o verde das águas do mar, das planícies e matas verdejantes, não tem qualquer semelhança com o teu olhar.
Teu verde é único, teu verde existe para cedo pela manhã me fitar, verde realidade, não esperança.

Tragam explicações científicas, usem modelos logicamente bem engendrados para elucidar, nada será capaz de resistir diante do teu verde olhar.
Quero ver de perto, ver de frente ver de todos os lado, ver de verso, ou de prosa, ver de todas as maneiras que possam caber no olhar.
Sorte maior não poderia ter, mas ao mesmo tempo esta lhe foi negada, pois, para ver teus próprios olhos, você tem que olhar em um espelho, e nele acreditar.
Eu não conseguiria viver, se tivesse que depender de qualquer outra coisa, entre eu e o verde do teu luminoso olhar.

Se aos tolos e simplórios cabe a sorte da felicidade, sou tolo e simplório na tua presença.
Trocadilhos e rimas não são suficientes para traduzir o que é esta cor tão singular.
A lógica, não consegue por equações definir nada como padrão para reproduzir a luz deste teu olhar.
A singularidade é tal que cabe apenas ela mesma para se auto definir , ou explicar.
Rompendo a lógica, criando um desequilíbrio minúsculo, que tem a força para criar.
Assim foi criado um universo inteiro, e assim há de se recriar.
Recriou-se o universo pela cor singular dos teus olhos, e de teu luminoso olhar.
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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Olhos Verdes


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Olhos Verdes
Tenho um par deles aqui em casa, são os olhos da mulher que eu amo.
São olhos verdes que mudam com o tempo.
Olhos verdes que sempre são confundidos com olhos azuis.

Olhos verdes impactantes, verdadeiros e inigualáveis.
Se eu não amasse esta mulher, com certeza seria seu maior fã.
Se estes olhos dela não fossem meus, moveria céus e terra para tê-los.

Olhos verdes quase azuis, lindos e luminosos, olhos daquela a quem amo.
Trazem em si uma luz quase solar, os olhos azuis gostariam de ser quase verdes assim.
Impossível imaginar que os olhos azuis pudessem inveja-los tanto assim.

Fácil constatar porque invejam tanto os olhos com este verde tão limpo.
Basta olhar, basta ver, basta estar na presença desses olhos.
Não é somente a cor, é a mensagem que passam, é a luz que irradiam, é a alma por trás de tais janelas.

Janelas da alma são os olhos, janelas verdes transparentes.
Transparência verde que se confunde com o cinza e o azul.
Transparência mutável, de acordo com a temperatura, refletindo a verdade.

Verde de ver, ver de verdade!
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Divina Transgressão


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Divina Transgressão

Árvores são acima de tudo as principais transgressoras da pretensa moral, e dos igualmente pretensos bons costumes, pois exibem a boa altura tudo aquilo que se tenta esconder sob estes dois mal fadados ícones da hipocrisia.

Grandes, belas, vistosas e convidativas, são a grande obra publicitária da propagação da vida, expõe a todos seu sexo, e são admiradas por isso, até mesmo por aqueles que escondem debaixo de suas longas e deselegantes vestes aquilo que deve ser entendido como vergonhoso, apesar de extremamente prazeroso.

Religiosos de todos os tipos se fazem de assexuados por baixo de seus paramentos rituais, mas habitam grandes prédios com vastos jardins, e com árvores extremamente bem cuidadas, que ao florir e frutificar embelezam com seu sexo esteticamente perfeito tais lugares.

Padres e freiras mortificam seus corpos em busca de uma fantasiosa pureza sem sexo ou desejo mergulhados em meio ao sexo ornamental, aram a terra e alimentam-se do fruto desta relação tão perfeita e sem qualquer sentimento de culpa por ser o que se é sem ligar para o que se possa pensar.

Velhas senhoras puritanas enfeitam suas casas com flores, que são nada mais do que grandes e vistosas genitálias, assim como os frutos destas divinas transgressoras que jazem nas fruteiras de suas copas, onde costumam cuidar da vida alheia.

Uma árvore pouco retira de onde quer que esteja plantada, mas muito dá àqueles que dela se valem para suprir suas vidas, a quaresmeira, o ipê roxo, o jacarandá, e muitas outras parecem florir em dor pela morte do cristo no final do verão, mas isto é pura fantasia, sua mais pura verdade é a perpetuação da vida, a exibição sem culpa do sexo .

Perdoai-me Catulo da Paixão Cearense, mas a flor de maracujá não pranteia o cristo, ela simplesmente é a mais linda flor de trepadeira, que por tanto trepar se exibe intumescida e plena exalando o sexo que jamais foi um pecado.

O Abacate e a manga são verdadeiros úteros que levam dentro de si a vida protegida e pronta para brotar no chão aberto e molhado, sua polpa é quase como a carne ao toque das mãos, seu formato quase vaginal parece ser chacota do criador ao deitar-se na fruteira da sala da família conservadora algumas dúzias que se entremeiam por fálicas bananas.

Então visita o vigário a casa da senhora de tradicional e pudica família, sob sua batina negra um corpo de homem não se deixa ver, mas na mesma sala flores de laranjeira, e frutas sobre uma grande fruteira dão testemunho da verdade, e não deixam a hipocrisia vencer, o padre serve-se de uma fálica banana para não tocar a si mesmo e não assumir seu tesão pela ranzinza velhota.
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domingo, 18 de janeiro de 2009

Árvores.


Árvores.

Sempre me dei muito bem com todas elas, são seres magníficos elas nos dão muita beleza, muita energia e muita vida.
Eu sou uma pessoa que gosta de animais, mas muito antes disso sempre adorei árvores, sempre as tive comigo, sempre as terei.
Antes de ter um cão tive um abacateiro, plantei o danado no quintal lá de casa, e ele cresceu, cresceu, cresceu, cresceu tanto que um dia quiseram cortá-lo, eu quase matei um nesse dia, mas seu tronco enorme foi cortado.
O abacateiro, no entanto, tem raízes que vão fundo e que se espalham, e ainda brotou, e voltou a crescer, crescer, crescer, crescer tanto que parecia que nunca tinha saído dali, acho que eu também sou assim ressurjo de qualquer resto de lembrança, e retomo minha força.
Tentaram matá-lo com ácido, secionaram as raízes e a casca do tronco para interromper o fluxo da seiva, mas nada adiantou, ele é duro de matar, e eu também sou.
Sempre me vi como uma árvore, sempre me identifiquei com a força e a persistência de vida deste meu amigo que me acompanha desde sempre, e sempre resisti e venci como ele.
Árvores são tudo o que há de belo, forte, e benigno na terra, pois dão vida a todos que solicitarem, não negam sua sombra, nem seus frutos a ninguém, e na batalha contra a violência e a morte insistem em brotar e dar seu testemunho de vida perene.
Traduzem em vida, a luz, a água e a terra que lhes são oferecidas, e tomam sabores variados, cores e texturas surpreendentes, fabricando para todos os outros seres viventes alimentos, conforto e beleza.
Ainda que sejam plantadas para se tornarem lenha, móveis, ou papel, seu legado é sempre o mais benigno, e sua vida a que menos tira e mais oferece a todos.
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sonhos Alagados


Sonhos Alagados

Hoje o dia esteve abafado, o mais quente do verão em São Paulo até agora, suor e cansaço tomaram conta de mim, e eu a me cobrar quanto a tudo que tenho que fazer.
Contas a pagar, serão pagas, textos a escrever serão terminados, mas hoje isso não irá acontecer, hoje só quero dormir, uma chuva acaba de cair, e o calor vai com certeza aumentar, o dia foi quente, a cidade está quente, a água cai e evapora quase que imediatamente, suor e calor às 23:20 , não parece que já é noite alta, parece que é meio dia.
Enquanto escrevo ouço o barulho dos carros nas ruas, o suor escorre e incomoda, , a cama convida, mas ao mesmo tempo assusta pois deitar sobre os lençóis me fará suar mais, preciso de ar condicionado em cãs, mas odeio ar condicionado, já passei mau bocados trabalhando em ambientes com ar condicionado muito forte.
Hoje aquele velho mas fiel ventilador será minha salvação, mesmo assim ainda terei sonhos molhado, literalmente alagados, assim como os sonhos de noites de verão costumam ser, que Shakespeare me perdoe o trocadilho infame.
O grande Shakespeare, jamais imaginaria que se pode ter temperaturas semelhantes aos 22ºC que estamos tendo hoje nesse horário, próximo à meia noite, um cidadão britânico morreria de calor nessas condições.
Estou tentando achar um jeito de terminar um conto e com certeza o terminarei fazendo com que nele a raça humana pereça num planeta que se tornará tórrido e poluído daqui há 50 anos ou menos .
A rotina é sempre entediante, e se torna insuportável com a temperatura nesses patamares, eu preferiria um inverno rigoroso, a um verão massacrante, alagando tudo com a chuva lá fora, e o suor nos nossos corpos.
Agora o ar condicionado mais perfeito do planeta começou a trabalhar, a chuva despenca sem do , já é um novo dia, talvez seja isso mesmo que eu tenha que fazer, vou esquecer a janela aberta, vou fazer de conta que lá fora ela não irá alagar nada, vou apenas apreciar o frescor dessa brisa que entra, e vou dormir, não mais alagado em suor, mas vou tentar não pensar no alagamento que possa estar acontecendo onde seria natural e bem vindo , desde que ninguém estivesse morando por lá, em poucas horas o sol irá brilhar, e as estações de rádio e televisão irão falar sobre esta noite, mostrarão suas imagens, é só mais um dia quente, e mais uma noite molhada, numa cidade cheia de gente.
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Muro De Concreto, Muro Ereto.


Muro De Concreto, Muro Ereto.

Reto, branco, de cimento e alma de aço, muro ereto.

O muro também tem alma, pois é muro de concreto.

O concreto também é verso, da alma minha sai direto.

Concreto branco feito de aço azul e de cimento.

Resultou em muro sem cor, muro de matiz cinzento.

Muro duro, de concreto misturado, nada puro.

Muro seguro mantém o cativo casto e puro, sonho escuro.

Muro nada mais é do que uma parede sem teto, parede também de puro concreto.

Muro mantém o casto puro no caminho reto, parede sem teto.

Muro escuro vou te pintar de branco puro, muro reto de concreto ereto.

Muro escuro, branco puro, misto concreto, muro ereto.

Branco puro, muro obscuro, muro seguro de puro e denso aço e cimento concreto.

És a invenção do preto claro, e do branco escuro, por trás de ti muro seguro de concreto.

És tão seguro quanto é o jovem cativo puro, seguro por teu robusto concreto.

Seguro por conveniência, puro e branco por decreto, por natureza és concreto.
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sábado, 20 de dezembro de 2008

Vento Ordinário



Vento Ordinário

Não dá para ser muita coisa além de um vento ordinário se não nos encontramos com uma ventania que nos abrace e nos dê força.

Aquela que em sua divina perfeição denuncia o quão simples e ordinários somos, a perfeição que se fez mulher, e nos fez gozar o maior dos prazeres.

De nada vale ser assim tão comum, e ainda tentar provar que somos diferentes, se ela não se importar com isso, ou não sentir aquele ciúme doentio que nos faz tão bem.

Ciúme é por vezes chato, mas nos dá também a idéia do valor que temos para quem o sente, é diferente da inveja, pois esta vem de quem não participa da tua vida.

A inveja é daqueles que passam ao largo e testemunham a tua felicidade, o ciúme é natural de quem está na tempestade da vida e compartilha a mesma realidade.

Uma ventania ciumenta deixa sempre um vento ordinário todo prosa, todo cheio de si, sentindo-se tão bom quanto a enciumada ventania.

Tenho me sentido um vento menos ordinário que de costume, mesmo porque tenho ao meu lado uma ventania zelosa de muito ciúme.

Só uma coisa sinto ser indispensável para viver, é a companhia da minha ventania, da tempestade, e da sua graça divina.

Passo por muitos lugares vejo muita coisa, falo com muitas pessoas, e a cada dia que passa me dou conta da preciosidade dessa tempestade particular, que me dá vida.

Ela vai estar sempre presente em cada beleza que eu contemplar, em todos os lugares vai estar presente, mais importante que qualquer pessoa na minha vida, Deusa Eterna, eternamente viva!
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Com Certeza




Com Certeza

Ainda há muito que falar, muito que aprender, e muito que cuidar, e ela estará sempre lá no meio da ventania.

A ventania que se sente no rosto, e que apesar de não trazer a tristeza, traz a lágrima como preço a se pagar por esta sensação, isso fica mais nítido ao olhar da praia para o mar aberto.

No mar se sente seu poder, pois ela faz o barco navegar a todo pano, a alta velocidade,veloz porém indefeso, livre, mas cheio de temor ao mesmo tempo,ventania antagônica.

Nunca houve nada tão concreto e tão impossível de se definir ao mesmo tempo Deusa fêmea, conhecedor do mais íntimo ser de qualquer um, nem Deus escapa do teu abraço.

Deitaste no teu leito com o Criador, e deste à luz o próprio “Inventor”, quem poderá te deter?

Se o homem é vento, a mulher é ventania, é tudo aquilo que o homem quer e precisa para viver em pleno, nada pode completá-lo fora de ti.

Com certeza mesmo descansada, não deixa de ser ventania, mesmo na tranqüilidade não serás nunca a pasmaceira da calmaria.

Ainda hás de causar inquietação ao homem vento no teu caminho, e desejo de estar sempre contigo.

Ainda que pareça morta , a ventania, subsiste plenamente a sua essência no vento, e ressurge com o aumento da graça e da velocidade, do ganho de prazer e de qualidade.

Não basta ao homem ser vento, sua melhor parte é a mulher ventania, Ela cria e re-cria a vida a todo tempo, a toda hora.

Deitou Deus no leito da Ventania e foi criado por Ela, isso aconteceu na eternidade, e ainda há de acontecer eternamente.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ventanias De Todas As Estações



Ventanias De Todas As Estações

Passar o tempo nas asas das ventanias é deixar que a vida ganhe em cor e em sabor, pois elas são puro ar em intenso movimento.

Não se vive sem ar, e vida sem movimento não tem muita graça, essa graça aumenta na mesma proporção que ganha intensidade esse movimento de vida.

Das fadas verdes, das bruxas, e de outros serem míticos, e místicos eu já falei, falei também as mães, das filhas, das professoras, das companheiras, e das amantes, todas elas lindas, todas cheias de poder e de graça.


As santas, e as diabas também já foram mencionadas por mim, assim como as pintoras e escultoras, sábias e doutoras, falei de quase todas que são dotadas de um ânimo sem fim, a lua o vento solar e o mar também entram nessas linhas, mas esqueci de uma coisa.

Esqueci de dizer que são todas elas por mais divinas que sejam, por mais mães do próprio Deus Criador que possam parecer, são humanas e que também se cansam.

Cansam muitas vezes de ser tudo para todos nós, indispensáveis, e imprescindíveis, cansam e precisam de algum lugar para se encostar, para serem mimadas, massageadas, e simplesmente amadas por serem o que são, ventanias são ar em intenso movimento, mas às vezes gostam de parar.

Chegam em casa depois de tanto trabalhar, e dar tanta cor e sabor às nossas vidas, e só querem tirar os sapatos, e descansar seus lindos pés, cansados de tanto andar, e necessitados de uma relaxante massagem.

Muitas delas não consegui retratar, mas isso já era de se esperar, são tantas, tão lindas, e tão diferentes que é impossível a um simples homem falar de todas, mas é ao mesmo tempo muito agradável falar de tantas quantas se consiga.

Mais uma vez corre como o vento o cavalo árabe puro sangue, e se orgulha de seu nome tão viril, seu nome também é “Ventania”, não poderia ser mais completo o sentimento de alegria, recebeu o homem vento o nome da mulher.

Fez-se noite e manhã, e descansou a Deusa ao chegar em casa e tirar seus sapatos, o décimo quarto dia.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Doces Ventanias


Doces Ventanias

Talvez fosse melhor chamá-las de guloseimas de ventania, são impressionantes, mas não as julgue pela aparência.

A melhor medida a se adotar, é a de se deixar levar por elas, são aquelas que assustam logo que são percebidas, pois parecem ser muito fortes e muito frias.

Mulheres de pele clara, cabelos reluzentes, roupas extravagantes, e vozes marcantes, mas isso tudo acaba se revelando nada perigoso.

Suas botas negras e seus chicotes são de bala de alcaçuz, e o que parece ser sangue vertido de sus presas é calda de framboesa.

Esta ventania te carrega no doce sabor de anis, ou no amargo do absinto, para a terra da fada verde, pode te levar à loucura, muito cuidado.

Não há por que temer pelo teu corpo, nem por uma provável dor, tema sim pela tua alma que pode ser escravizada pelo prazer desta companhia, inteligente, e divertida.

É realmente tão forte quanto aparenta ser, mas sua força não destrói, ela te carrega no colo, te faz gozar, e rir, te faz ver que mesmo o mais terrível pesadelo pode ser divertido.

Ela domina sempre a cena, não exerce papel secundário, é sempre a rainha, digna de toda honra, e toda pompa e circunstância, Senhora Dominadora.

Não há diferença se é doce ou amargo na boca, mesmo porque é sempre excelente na mente o efeito de sua passagem, de cada momento sempre se tem o melhor resultado com ela.

Algumas mulheres são assim, poderosas, fortes, inteligentes, divertidas, e aprazíveis companhias para qualquer ocasião, eu, porém tenho uma morando comigo, mas conheço outras, e reconheço tais traços nelas.

Quase todas as ventanias são fortes e poderosas, mas poucas são assim tão divertidas inteligentes e amáveis, deve ser culpa da fada verde.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ventania Bailarina



Ventania Bailarina



A ventania é o resumo do pleno movimento, a síntese da inquietação, na sua presença nada fica estático, ou inabalado.

Abalados e embalados por sua presença rítmica e musical, musica dos ventos, bailarina veloz e graciosa, vento de fogo, labareda solar.

Há quem chame a labareda que se desprende do sol de vento solar, um arroubo de poder tão grande e tão irresistível que só poderia assim mesmo ser chamado, uma ventania cósmica.

Conheço uma outra mulher ventania, que qual “O Pássaro De Fogo” de Stravinsky me encanta sobremaneira, é uma ventania bailarina.

Maldita seja a minha doce e saudosa infância ao som da suíte composta por Stravinsky, que sempre me encantou, malditos eruditos modernos, que tão bela música resolveram cultuar.

Bendita seja a ventania bailarina, caprichosa e mimada diva, que baila e revolve o ar, que enche nossos pulmões de vida , e que nos faz respirar.

A mulher ventania é como uma gata feroz, mais bela fica à medida que mais feroz se torna, sempre me encantei com as duas, e sempre admirei “O Pássaro De Fogo”, memórias que hoje fazem de mim uma pessoa feliz.

Ainda que sob a maldição por mim mesmo rogada sobre uma herança que me faz hoje escrever sobre tudo o que amo, mulheres, ventanias, música, e gatas ferozes, que esculpiram na minha carne o meu eu.

Passa como ventania a bailarina e com seus pés vai pisando a todos em seu caminho, e deixando seu rastro de beleza, e as marcas de suas pegadas pelo chão.

Passa uma ventania bailarina , como vento solar, chama que se desprende do sol e se precipita no mar, qual estrela, uma estrela do meu mar.
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domingo, 14 de dezembro de 2008

Exagero



Exagero

Se o vento forte é a Ventania, assim também o humano forte não é o homem, e sim a mulher.
Nossa força de nada vale se não tiver uma origem que lhe dê respaldo, e autoridade.

Tarefa para físicos é a mensuração da força física, tarefa para todos é reconhecimento da força de uma mulher.

Mãe amiga, guerreira, professora, amante, musa, bruxa, cozinheira, e muito mais, de tudo se tem nela o lado forte e belo.

Nela tudo se traduz em forte luz, em vida e em graça, origem de todos nós, e até mesmo do criador.

Uma criação tão perfeita, que fez com que o próprio Deus arrumasse uma para si mesmo, e lhe deu um nome que é sinonimo de simplicidade e de plenitude.

Providenciou para si o Pai de tudo, uma Maria que lhe fosse mulher, mãe, companheira, guerreira, professora, musa, bruxa, cozinheira, e muito mais.

Retratou isso na Ventania, na força feminina que tudo dobra, e que tudo faz ceder, com tanta força e tanta personalidade.

Ave Ventania, cheia de graça!

O Senhor te desejou, és muito amada!

Bendita sois vós, visível em todas as mulheres!

Benditos somos nós, filhos do teu ventre!

Santa Ventania, és mãe até de Deus, rogai por nós, teus adoradores!

Parece que exagero hoje, mas nenhum exagero é suficiente para definir , a intangível , porém tão forte ventania, irredarguível eternamente.

Uma santa e uma bruxa ao mesmo tempo, temida e desejada nessas duas formas com a mesma intensidade.

De nada vale ser filho de qualquer que seja a santa, é melhor ser filho da outra, desde que esta seja a outra certa, aquela que tudo é para todos.

A outra que apesar de sutíl é forte, é mãe e amante, é luz e escuridão, não se cala, nem tampouco fala, apenas é tudo para todos.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Brisa, Vento, Ventania, Vento, Brisa



Talvez não tenhamos tempo durante a tempestade, para considerar a verdadeira origem da ventania.

Impetuosa, e virulenta, não deixando que ninguém a ela seja indiferente, é nascida da calmaria, e da bonança, da doce e não menos fêmea brisa.

Os dois lados desta moça estão sempre presentes, a doce brisa, e a impetuosa ventania, disputam entre si o homem vento, e por fim o tem por escravo de suas irresistiveis vontades.

Como pode o vento resistir ao suave toque da brisa, ou ao ímpeto de ira da ventania,
escravizado está o vento à doçura da brisa, e ao furor apaixonado da ventania.

Avó de todos é a brisa, serena e sábia, constante e afável, como tardes de verão no quintal debaixo da sombra das árvores do pomar.

Da brisa nascem todos os ventos homens, e todas as ventanias mulheres, e completam suas vidas ao se tornarem brisa novamente.

Útero materno é a brisa, de todos os ventos e ventanias é mãe, e avó, já juntou-se ao seu vento e já impetuosa ventou como ventania.

Hoje a brisa, outrora ventania fica em sua casa, acolhe a todos com um doce afago, e faz doce de abóbora para deleite de seus netos, a ventania um dia será brisa, um dia será doce, será avó.
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domingo, 7 de dezembro de 2008

Ventania, mulher ou,menina




Ventania, mulher ou,menina



Incrível esse negócio de escrever, delicioso o tema a se abordar, uma ventania, que sopra do nada, e que abala tudo que está em seu caminho.
A palavra vento é um tanto sugestiva, mas uma ventania tem muito mais personalidade, o vento pode até dar-lhe origem etimológica, mas a ventania assim tão feminina, empresta-lhe força e personalidade.
Muitas mulheres que conheço são assim como uma forte ventania, um arroubo de força e personalidade, que nasce da sua sutil natureza.
Comecemos pela menina antes de chegarmos à mulher Julia , minha filha, pequena, e delicada, mas incrivelmente forte e personalíssima.
Divirto-me sempre ao vê-la em suas rajadas de ira infantil, muitas vezes coberta de razão, porém outras não.
São momentos em que me dou conta da força, apesar da aparente fragilidade de uma menina, uma aprendiz de mulher, por um instante eu paro e pondero, "Coitado do meu futuro genro!", penso alto.
Ventania mulher, conheço uma que sempre sopra e se faz presente nos meus dias, é a mãe desta primeira, veemente mãe da pequena ventania, poderosa dona da vida que vivo, sem ela não há graça na vida sem sua fúria não há paz que seja verdadeira.
A ira da mulher ventania faz do homem vento algo mais valioso, mais digno de se chamar vivo.
Ser vento homem já não basta, se não podemos ter conosco o poder da mulher ventania, que um dia foi ventania menina.
No final concluo uma coisa, não há para o homem qualquer serventia em ser vento, pois este assim como é, assim passará, mas ao lado da mulher ventania, ganha força e personalidade, e é valorizado, por tal poder dela, poder de vida que se prolongará.
Seja o homem, e o menino vento, e a menina e mulher ventania, sejam todos uma alucinante vida, tenha graça, tenha amor, tenha tesão , e vente.
O cavalo veloz corre como vento, mas seu nome ainda que garanhão reprodutor será sempre "Ventania"!
Onde já se viu nome tão viril quanto este, ainda que seja um substantivo feminino, deveria ser nome de menina, mas é de lustroso e veloz garanhão puro sangue árabe, é ele "Ventania"!
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