Pablo Picasso: Mulher ao espelho
Entra então na sala Marlene, olha para todos os fantásticos espelhos e começa seu trabalho, como sempre fizera.
Limpar a cada um deles, dar brilho e não deixar qualquer marca de dedos das mãos curiosas que por lá passaram durante o dia, uma rotina que exige paciência e perícia, assim como lucidez e pragmatismo, tudo tem que estar perfeito.
Marlene vê a si mesma em cada um dos espelhos e relembra tudo o que vivera até então, hoje é o mesmo que ontem, o tempo já não faz mais sentido por estas bandas.
Recria o final daquilo que já tinha por ela sido dado como findo, mas não estava, talvez nunca esteja, imagens fragmentadas parecem surgir do nada.
Marlene pega sua vassoura e varre essas imagens em cacos para fora da grande sala.
Acorda Flávio em sua casa com o televisor ligado, suando em bicas, morto de sede.
Por aqui paramos de tecer esta história, acho que até o meu tropeço ajudou um pouquinho, ir e voltar é algo intrínseco ao tecer e ao tecelão, ora afoito por arrematar a trama, ora preocupado com que se tenha muito fio para tecê-la.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tivemos mais , muito mais, foi muito bom participar desta bloggincana.
4 comentários:
Ziusco,
muito bom! Melhor impossível! Veja se consegue ficar SEMPRE para o grande e esperado fi8nal! Parabéns!
Obrigado, mais uma vez!
Oi Zisco,
Vejo que você incorporou o personagem "Marlene" e recriou um outro final surpreendente para a Blogstória!
Muito legal!
Um sonho! Como outros tantos que "Flavio" sempre teve!
Valeu!
Beijos!
Um toque de brilhantismo, me emocionou a sua finalização.
Sempre entristeço quando alguma boa história acaba.
beijo
Zisco, obrigado pelo banner da Blogstória, com link, em seu sidebar! Se TODOS fossem como você!!!! srser
Forte abraço
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