quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Parece Que Não É, Mas É.



Parece Que Não É, Mas É.



Parei para pensar, em muitas ventanias que encontrei por aí, algumas marcaram muito por sua força, outras pela velocidade, e todas pelo império de suas soberanas vontades.

Muitas nem se parecem tanto assim com o vento forte e impetuoso, chegam sempre de mansinho, mais parecem uma brisa numa noite de verão ao luar, um luar de lua magra, porque lua cheia lhes sugere obesidade.

Não sou tão maluco assim a ponto de provocar a ira da ventania dessa mulher de lua, mesmo porque ela está super enxuta, e vai se casar.

Mulher de lua ou ventania de sagacidade, uma loucura à parte é conversar com ela, é como correr para sentir no rosto a ventania, e lacrimejar de alegria é também correr o risco de cair e se machucar, aí está a graça da vida ao lado da ventania.

Sempre fui assim desde pequeno, nunca anda, sempre corria, e ainda corro até hoje.
Sempre fui assim com minha bicicleta, corria o risco de cair e me machucar, mas sem isso não via a menor graça.

A graça esta na bela moça que te dá à vontade de correr, sentir lacrimejar os olhos, e provavelmente cair, se cortar, machucar, sangrar.

O ardor do corte na carne como o penetrar da lâmina de uma navalha, faz com que me sinta vivo, vivo à mercê dessa moça tão bela e tão cruel, aquela que traz consigo a mão macia e a navalha de frio aço.

Algumas ventanias ainda estão soltas por aí, por aqui já falei de uma três, a da lua, a de lua, e aquela que afaga e fere com a mesma beleza e a mesma paixão de viver, outras virão.

Que venham todas as ventanias, todas elas me fazem viver, todas elas são um desafio, um enorme prazer de poder falar de cada uma delas me enche de gozo, e preenche meus dias.
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