A ditadura implantada no país pelo golpe de Estado desferido em 1964, em dezembro de 1968 deu um giro no parafuso por meio de um Ato Institucional, de número 5, que lhe atribuía poderes praticamente ilimitados. ( Mino Carta em, "O Castelo De Âmbar", página 161 RECORD)
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Desejo
Saborear, sorver, chupar, morder uma manga bem gostosa.
Uma fruta doce e polpuda, muito gostosa, até generosa.
Sabor e cheiro, cor e textura.
Doce, e viscosa, gelada, e deliciosa fruta.
Eu quero aquela manga roubada, da casa do meu vizinho.
Fruta roubada é mais gostosa, sabor de aventura doce, melhor do que qualquer vinho.
Afrodisíaca fruta amarela, rosa, cheirosa, saborosa, e generosa manga.
Aquela do alto da árvore, no quintal da casa do mais chato vizinho.
Aventura de criança, que faz brilhar os olhos, de quem já viveu bastante.
Aguça os sentidos, sente o sabor, o toque a cor, o visgo, e até o fiapo no dente.
Eu quero o gosto daquela fruta na minha boca, o melado nas mãos e no rosto, o prazer inigualável, de roubar todo o sabor e todo aroma de uma fruta viva e madura.
Femea fruta roubada e perfumosa, dama da tarde, eu quero ter você comigo.
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3 comentários:
Beleza de texto, Zisco =)
eu sou meio suspeito pra falar pq sou da cidade das mangueiras (Belém) e essa é uma das minhas frutas prediletas.
A crônica tá tão saborosa quanto essa manga da foto... despojada, gostosa e convidativa...
tá de parabéns, meu amigo... gostei mesmo!
Valeu Odir, muito obrigado pelas belas palavras, um dia desses vou ter que visitar essa cidade linda chamada Belém, e vou roubar muita manga dos quintais, kkkkk!!!!
Oi Zisco,
vi seu blog na página da Nanda e vim conhecer seu espaço,
não me arrependi, vc escreve muito bem, parabéns!
Como diz Fitzgerald, podemos acariciar pessoas com palavras,
é o seu caso nesse belo poema,
abraço,
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